quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Caia na folia, candango!




Programação variada e eclética comprova que o
brasiliense pode, sim, curtir a folia sem deixar o DF.
Seja com desfiles de escolas de samba ou em blocos tradicionais, o DF apresenta um caldeirão cultural em sua folia carnavalesca



Brasília possui um diversificado caldeirão de culturas regionais. Por isso, o carnaval brasiliense em 2008 será plural e eclético, de acordo com o Governo do Distrito Federal. Por aqui, não faltará samba, pagode, frevo e axé, mas haverá espaço para reggae, rock, MPB e até música gospel. A abertura oficial da folia acontece na quinta-feira e vai até a madrugada da quarta-feira de cinzas.




Em todo o DF, as cidades terão seu próprio carnaval e o Plano Piloto será o ponto de encontro dos blocos carnavalescos. Entre os dias 2 e 5 de fevereiro, os tradicionais blocos brasilienses agitarão os foliões, com o Galinho de Brasília, o Pacotão, a Baratona e os Raparigueiros. Além disso, os eventos gratutitos do Gran Folia acontecem todos os dias, com a apresentação de bandas diversas (veja a programação abaixo).




No Ceilambódromo, a abertura será nesta quinta-feira. Além dos tradicionais desfiles das 19 escolas de samba do DF, a Passarela da Alegria vai contar com o Botequim do Samba, um local de festa e concentração. E a criançada poderá brincar num parque infantil e a diversão está garantida com a realização de quatro bailes infantis, das 15h às 19h. "Todas as noites no Ceilambódromo haverá shows antes dos desfiles, além de várias alternativas para quem não gosta da folia", reforçou o secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho.




Como já é tradição, além do carnaval no Ceilambódromo, as Regiões Administrativas terão suas festas carnavalescas organizadas pela Secretaria de Cultura. A folia programada para os locais mais acessíveis à população será comandada por trios elétricos, blocos, bandas e atrações das mais diversas. Serão 38 eventos espalhados em 24 localidades. "Brasília está conquistando tradição no Carnaval", avaliou o governador do DF, José Roberto Arruda.

PERSONAGEM


Antônio Jorge Sales, analista de Recursos Humanos no Instituto do Coração do DF, 36 anos e 180 kg, é o Rei Momo do Carnaval do DF 2008. Durante os quatro dias de folia, a chave simbólica da cidade estará nas suas mãos pela segunda vez consecutiva. O folião peso pesado afirma que para ser Rei Momo é importante ter uma boa dose de disposição e, acima de tudo, amor pelo Carnaval. A alegria é a fonte de energia que garante a participação na programação elaborada pela Secretaria de Cultura e pela União das Escolas de Samba e Blocos de Enredo do DF. Ser o dono do trono da alegria requer muito mais do que estar bem acima do peso: samba no pé, simpatia e uma boa dose de disposição são indispensáveis para fazer jus ao cetro, à faixa e à coroa de Rei e ao prêmio de R$ 2,9 mil. Os compromissos devem ser cumpridos à risca pelo rei eleito, que estará presente em todos os dias de desfile no Ceilambódromo, além dos compromissos de bailes e ensaios em todo o DF.





"Às vezes cansa, mas passa rápido no meio da festa.


Quando termina o carnaval, a gente quer mais"





Antonio Jorge Sales,
Rei Momo candango


PROGRAMAÇÃO

BLOCOS TRADICIONAIS

2 e 4 de fevereiro
Galinho de Brasília e a Orquestra do Galinho
Horário: a partir das 16h
Local: CLS 203 / 204

3 e 5 de fevereiro
Pacotão e a banda Bem Brasil
Horário: 11h às 18h
Local: CLN 302/303 (via W3 norte/sul, na contramão - rumo à 504/505 - W3 sul)

3 e 5 de fevereiro
Baratinha e Banda Batucaia
Horário: 15h às 19h
Local: Parque Ana Lídia - Estacionamento ao lado do Nicolandia

3 e 5 de fevereiro
Baratona e banda Vitamina BR
Horário: 18h
Local: Eixão sul - 110/210 rumo à Gran Folia

3 e 5 de fevereiro
Raparigueiros e banda Papel Marche
Horário: 17h à 0h
Local: Eixão sul - 110/210 rumo à Gran Folia

GRAN FOLIA

2 de fevereiro
Participação dos blocos O Menino de Ceilândia e Galinho de Brasília
Apresentação do Olodum Mirim e Dhy Ribeiro
Horário: a partir das 16h

3 de fevereiro
Participação dos blocos Mamãe Taguá, Asé Dudu, Raparigueiros e Baratona
Apresentação da banda Art Sublime
Horário: a partir das 17h

4 de fevereiro
Participação dos blocos Mamãe Taguá, O Menino de Ceilândia, Galinho de Brasília
Apresentação da banda DF Music
Horário: a partir das 17h

5 de fevereiro
Participação dos blocos Asé Dudu, Baratona, Raparigueiros
Apresentação das bandas Pura Afeição e Safira
Horário: a partir das 18h

*Os eventos gratutitos do Gran Folia acontecem na área entre a Biblioteca Nacional e o Touring Clube, Setor Cultural Sul, Eixo Monumental.

Ceilambódromo
Escolas de samba e shows na Passarela da Alegria


Os tamborins no Ceilambódromo já estão se esquentando. Nesta quinta-feira, o Carnaval 2008 no DF dá seu pontapé inicial na Passarela da Alegria, a partir das 20 horas, com as bandas Coisa Nossa e Araketu, além de apresentação de DJ. Será quase uma semana de muita festa no local.

No dia 1º, sexta-feira, haverá shows com as bandas Xamego da Bahia, Patakundum e Bloco Aquarela. De sábado a terça-feira, das 16h às 19h, haverá matinê com as bandas Karisma, Miguel Santos, Nega Maluka e Trem das Cores.

No dia 2, a partir das 20h, haverá o Desfile dos Blocos de Enredo (Uniesb), com a participação das escolas: Unidos de Planaltina, Acadêmicos de Santa Maria, Unidos da Vila Paranoá e Acadêmicos de Brazlândia. Após o desfile, baile de carnaval com a banda Safira.

No dia 3, das 19h às 20h, haverá um desfile de carros antigos. Em seguida, no Desfile do Grupo de Acesso 2, entram na passarela as agremiações: Unidos do Riacho Fundo, União da Vila Planalto e Lago Sul, Projeto Colibri e Império do Guará. Logo após, shows com as bandas DF Music e Terra Samba.

No dia 4, o público brasiliense e os turistas poderão conferir o Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial, com as seguintes apresentações: Aruremas, Capela Imperial, Dragões de Samambaia e Mocidade do Valparaízo. Já no dia 5, é a vez de Mocidade do Gama, Unidos da Candanga, Águia Imperial de Ceilândia, ARUC, Acadêmicos da Asa Norte e Bola Preta de Sobradinho.

As escolas campeãs serão conhecidas na quarta-feira de Cinzas, a partir das 15 horas. E, no dia 9, sábado, a grande vencedora desfila, após apresentação da banda Trem das Cores na matinê. Após o desfile da escola campeã, show da Banda Imagem.

E para quem não quer cair na folia...

Para quem não curte cair na folia, a agência de turismo do DF, a Brasíliatur, organizou um evento para os cristãos e os amantes da MPB. O ExpoBrasília, no Parque da Cidade, será sede de dois festivais alternativos, com música gospel e MPB.

No dia 2, sábado de carnaval, o público católico e evangélico poderá participar do 1º Festival da Fé Cristã. Dez bandas de música gospel se revezarão no palco das 19h às 5h, fazendo a primeira festa voltada para religiosos em pleno carnaval.

Nos dois dias seguintes, domingo e segunda-feira, é a vez dos clássicos da MPB, pelo festival Brasília Alegria Alternativa. O cantor Toquinho e o Quarteto em Cy se apresentarão no dia 3 de fevereiro. No dia 4, os shows serão do grupo MPB4 e da cantora Marina Lima. As apresentações começam às 21h. A entrada para os dois festivais é gratuita.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A TV invade o cinema




“Sexo Com Amor?” e “Mulheres Sexo Verdades Mentiras” marcam a estréia no cinema de diretores já veteranos na televisão. Os dois novos lançamentos do cinema nacional discutem assuntos ainda hoje tratados como tabu: sexo, amor e traição





Primeiro, foi Jorge Fernando, que, em janeiro de 2004, marcou sua estréia nos cinemas com a comédia “Sexo, Amor e Traição”, uma versão tupiniquim de “Sexo, Pudor e Lágrimas”, filme que fez estrondoso sucesso em seu país de origem, México. Agora é a vez do diretor da novela “Duas Caras”, Wolf Maya, ingressar também no cinema com a versão de um sucesso latino: “Sexo Com Amor?”, que mantém o título do seu original chileno e estréia nos cinemas do país no próximo dia 1º. Outro que também está deixando a tevê um pouco de lado para investir nas películas é o igualmente global Euclydes Marinho, que lança o filme “Mulheres Sexo Verdade Mentiras”, que já está em cartaz nos cinemas do eixo Rio-São Paulo, mas sem previsão de estréia em Brasília.


Ao contrário de seu colega Maya, Marinho - autor de alguns trabalhos de sucesso na televisão, como a série “Malu Mulher” e as novelas “Andando Nas Nuvens” e “Desejo de Mulher” - estréia na direção, mas já tem currículo no cinema, como roteirista dos filmes “A Partilha” e “Primo Basílio”. Entretanto, as semelhanças entre os dois trabalhos ainda são fortes. A temática - sexo - é a mesma: enquanto “Sexo Com Amor?” conta a história de três casais que passam por diferentes momentos na relação, reunindo casos extraconjugais, falta de motivação e insegurança, “Mulheres...” apresenta uma documentarista bem sucedida que, depois de vinte anos de um casamento morno, descobre o verdadeiro prazer do sexo com outro homem e passa a colher depoimentos de outras mulheres sobre o assunto.


A outra semelhança dos dois longas está no elenco de estrelas da tevê. A diferença é que Euclydes Marinho investiu em poucos nomes - mas de alta qualidade - como Julia Lemmertz e Daniel Dantas. Já Wolf Maya não economizou, trazendo nomes de peso como Malu Mader, Reynaldo Gianechinni, Carolina Dieckmann e José Wilker. Fica o alerta: qualquer semelhança com uma minissérie global não terá sido mera coincidência.

PERSONAGEM


A atriz Nádia Lippi iniciou sua carreira aos 10 anos de idade, em 1966, na novela “A Pequena Órfã”, da extinta TV Excelsior. Sua carreira decolou mesmo na TV Tupi, onde atuou em produções como “A Barba Azul” e “Tchan! A Grande Sacada”. Sua estréia na Rede Globo foi em 1978, onde atuou em sucessos como “Pecado Rasgado”, “Pai Herói”, “Chega Mais”, “As Três Marias” e “Brilhante”. No cinema, foi musa na fase leve da pornochanchada brasileira, mas também atuou em dois filmes com os Trapalhões no fim da década de 80. Depois de quase vinte anos, retornou à vida artística numa participação especial na novela “Prova de Amor”, da Rede Record, em 2005. Ela, que já foi capa da Playboy, hoje - aos 51 anos – está de volta à mídia graças à participação de sua filha no “Big Brother Brasil 8”. A concorrente Thalita Lippi - que tem 29 anos e se diz atriz - é fruto do casamento de Nádia com o também ator Ney Sant`Anna, que, por sua vez, é filho do cineasta Nelson Pereira dos Santos.


“Agora sou uma mãe de Big Brother. Esse é o momento dela. Não quero falar de mim.
Não quero que pensem que me aproveito do fato de minha filha estar no programa”.

Nádia Lippi,
Atriz e mãe de BBB

FALOU E DISSE


EUCLYDES MARINHO
dramaturgo, autor de sucessos na tevê e no cinema



Autor de sucesso de telenovelas e seriados de tevê, o que levou você à decisão de
investir no cinema?

A necessidade de renovação, de experimentar outras linguagens, outras narrativas.

Universo feminino. Esse tema é uma marca registrada na sua trajetória como dramaturgo, a começar pelo inesquecível seriado “Malu Mulher”. Como surgiu a inspiração para essa nova história?

Era um desejo antigo, falar da sexualidade feminina, mas tinha de ser no cinema, pois na TV teria limitações óbvias.

De pouco mais de dez anos para cá, o cinema nacional retornou à evidência. A produção de filmes nacionais tem vivenciado uma nova fase, tornando-se mais popular. Como você avalia essa reviravolta no cinema brasileiro?

É apenas um começo, ainda há muito a ser feito. O cinema brasileiro que tem conseguido chegar ao público são os ligados às majos americanas (Columbia, Sony, Paramout, Fox, BuenaVista). Os filmes independentes, como o meu, ainda mal conseguem sobreviver.

E com relação à teledramaturgia? Como você tem visto a nova fase da telenovela, que ultimamente tem deixado um pouco de lado a questão romântica para investir mais em aventura, ações policiais, surrealismo e guerrilhas urbanas?

Não tenho acompanhado, mas talvez reflitam os tempo atuais. Mas não posso falar, pois não tenho assistido...

E, para terminar, você volta à telinha ou vai investir de vez na telona?
Vou tentar me equilibrar nas duas...


Por Patrick Selvatti

RADAR DF

Aquecimento carnavalesco com artes cênicas

Carnaval nem sempre é sinônimo somente de sambódromo e blocos de rua. Aqui em Brasília, carnaval também é teatro. Na Caixa Cultural, no aquecimento da folia, o Jogo de Cena traz uma programação especial de carnaval nesta quarta-feira (30), a partir das 20h30. O ator Welder Rodrigues (o “Jajá”) apresenta as atrações da noite: show de samba com George Lacerda e Marambaia, dança com Margarida Grupo de Dança e esquete da Cia. G7. Os ingressos custam R$ 20 (inteira).

Por falar em G7, o grupo de comédia apresenta, entre os dias 1º e 6, no Teatro dos Bancários, o Desfile das Campeãs, uma sátira ao carnaval com esquetes de suas melhores peças no que eles chamam de “seis dias de folia”. Na programação, sucessos do grupo, como Reino Animal, Romeu e Julieta, O Senhor dos Anéis, Teste de Fidelidade e Marlboro. A entrada é R$ 30 (inteira).

MPB e gospel são opções para fugir da folia

Para quem não gosta de festa pagã, Brasília tem uma programação alternativa para o período do carnaval. O ExpoBrasília, no Parque da Cidade, será sede de dois festivais alternativos.

No sábado (2), o público católico e evangélico poderá participar do 1º Festival da Fé Cristã, com dez bandas de música gospel entre 19h e 5h. No domingo e na segunda-feira, é a vez dos clássicos da MPB, pelo festival Brasília Alegria Alternativa. O cantor Toquinho e o Quarteto em Cy se apresentarão no dia 3. E, no dia 4, os shows serão do grupo MPB4 e da cantora Marina Lima.

A entrada é franca nos dois dias.
Teste de Audiência inicia programação de 2008
O filme “Maré, Nossa História de Amor”, de Lucia Murat, marca a estréia do projeto Teste de Audiência, da Caixa Cultural, no dia 29 de janeiro, às 19h30. O filme fala sobre a paixão proibida de Analídia e Jonathan - ela, filha do chefe do tráfico local e ele, irmão do chefe da facção rival. Como refúgio para o sonho proibido, um grupo de dança, em cujo galpão de ensaio os moradores da comunidade podem viver em harmonia. O roteiro tem assinatura de Paulo Lins, que também assinou “Cidade de Deus” e já trabalhou com Lúcia em “Quase Dois Irmãos”. No elenco basicamente de estreantes, destaque para a participação de Marisa Orth, Flávio Bauraqui e Babu Santana.
O projeto Teste de Audiência traz mensalmente ao Teatro da Caixa um filme brasileiro inédito e inacabado, mas já em fase final de montagem, para que o público opine e auxilie a equipe a concluir a obra da melhor forma possível. A entrada é franca.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

LITERATURA


O Rio do pó -

Uma fauna de gente fina

A vida real de João Guilherme Estrella, nascido em bom berço do Leblon e convertido em personagem graúdo da vida bandida carioca, é a história de “Meu nome não é Johnny”, de Guilherme Fiúza. Filho adorado pelos pais e jovem querido pelos amigos, João entrou pelos anos 1980 buscando liberdade a qualquer preço e desembarcou nos 1990 como barão da cocaína pura na Zona Sul do Rio.

Da primeira venda de droga para pagar uma dívida à ascensão vertiginosa no tráfico – deixando "tubarões" para trás, no melhor estilo "Scarface" – ele chega a um degrau na escada do crime em que geralmente não há mais volta. Mas no seu caso, absolutamente peculiar, há voltas e reviravoltas improváveis, como mostra a reportagem do autor. “João Guilherme é a prova viva de que é viável recuperar as pessoas. É o atestado de que a nossa luta não é em vão”, chegou a dizer a juíza Marilena Soares, que o julgou e o condenou.

Sem juízo de valor
Para o jornalista Zuenir Ventura, que apresenta o livro, “Meu nome não é Johnny” ultrapassa a saga de um grande traficante bem-nascido e seu reinado na época em que a cocaína "caiu na corrente sangüínea da cidade". “É um mergulho profundo no submundo de uma geração que na virada dos anos 70/80 forneceu diversos talentos para as artes, os negócios e o esporte. E também muitos fregueses para o anti-herói da história”, observa.

Para o autor, jornalista com passagem por editorias de política, literatura e meio ambiente na imprensa carioca, o livro busca uma abordagem franca de temas-tabu, “sem moral da história”. “Não há separação dos personagens em heróis e vilões. Apenas procuro mostrar um 3x4 humano de alguém atravessando o mundo-cão do tráfico e da cadeia sem ser devorado por ele, embora levasse boas mordidas”, diz Fiúza.

Entre seus personagens estão aqueles que fundaram no Baixo Gávea seu território boêmio, ao som de Bete Balanço e dos primeiros acordes do rock brasileiro. E suas experiências com as drogas, abordadas no livro sem juízos de valor. “O uso de drogas foi mortal para muitas pessoas, mas significou apenas diversão para outras. Às vezes é bom resistir à tentação de apontar o certo e o errado, em nome de um conhecimento mais profundo da realidade”, argumenta o autor. Nascido no Rio de Janeiro em 1965, Guilherme Fiúza trabalhou como repórter e editor em veículos como Jornal do Brasil, O Globo e No.com, passando também por assessorias políticas. É colunista do site jornalístico NoMínimo.

(do release da editora)

Serviço:
"Meu nome não é Johnny", de Guilherme Fiúza, 336 pp. mais 16 pp. de encarte

Editora Record, Rio de Janeiro, 2004

Big Brother: tem brasileiro na Itália


A oitava edição do Big Brother também teve início na Itália, com o título de Grande Fratello. A versão italiana tem um brasileiro entre os participantes. Thiago Barcelos (foto), de 26 anos, trabalha na Itália como enfermeiro. O jornal "Extra", do Rio de Janeiro, publicou uma nota m seu blog dizendo que o rapaz é de Brasília, mas, na verdade, ele é de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Alguém confundiu com a cidade-satélite de Santa Maria...
Thiago, que é casado, foi anunciado como uma das grandes novidades do programa, que tem também um transexual, um libanês e uma família inteira de sicilianos no elenco. Uma curiosidade: lá na Itália eles vão dormir em barracas até que a casa fique pronta.

BBBalanço

“Quem demonstra não estar nem aí, não merece estar aí”. Com essas palavras, Pedro Bial anunciou a eliminação do segundo participante do Big Brother Brasil 8. Na disputa entre dois rapazes chamados Rafael, com 63% dos mais de 18 milhões de votos, o Galego perdeu para o Emo. E ele saiu de lá com a mesma tranqüilidade com que encarou a sua indicação pela líder Bianca no domingo - ela, por sua vez, chorou muito após indicar o primeiro Rafael e dar o voto de minerva para o segundo quando ele e Gyselle empataram pelos votos da casa. Até o momento da eliminação, enquanto Rafinha fazia jus ao seu estilo emo de ser e sofreu bastante, o Galego parecia realmente não estar nem ali... Nem o fato de ter sido indicado ao paredão no dia de seu aniversário de 24 anos pareceu abatê-lo.

Na edição desse último paredão, o BBB também trouxe uma novidade. Trata-se da instalação de um telefone dentro da casa, que pode tocar a qualquer momento, ser atendido por qualquer pessoa e trazer qualquer mensagem – seja ela boa ou ruim. Logo na primeira noite, uma bomba. O telefone tocou, Rafael Galego atendeu e foi informado de que ele deveria indicar uma pessoa imediatamente para o próximo paredão. A indicada por ele foi Gyselle, que, se não conseguir a liderança nesta semana, irá disputar o primeiro paredão triplo da história do BBB.

Gyselle e Rafinha foram os protagonistas da noite. Os dois - que receberam três votos cada na indicação pela casa para a formação deste paredão - parecem mesmo estar na mira dos colegas de confinamento. Como já previsto, os dois, juntamente com os simpáticos Marcelo e Thalita, serão o alvo preferido da turma. Mesmo assim, a perseguição ainda é tão velada que, ao que parece, esta edição está cada vez mais semelhante à exibida em 2006. A apatia vista em Rafael Galego desde o momento em que foi indicado ao paredão parece ser dominante no grupo. E a direção do programa já deu mostras de que está disposta a tudo para criar um clima mais quente entre os participantes, provocando intriga, discórdia e manipulação. Elementos que, na edição passada, fluiu naturalmente, principalmente entre os favoritos Alberto e Íris.

A primeira mostra disso foi a mudança da regra do Anjo, que, até então, era visto com bons olhos pelo poder de imunizar um participante em perigo. Esse poder continua, mas, ao mesmo tempo em que o Anjo faz o bem, a partir desta edição faz também o mal, agindo como Monstro. O primeiro a sentir na pele a mudança foi Fernando. Ele pôde imunizar a namorada, Natália, mas também proibiu o colega Marcos – o mais festeiro – de participar da festa de sábado. Tiro n`água: Marcos lamentou a ausência na festa, mas perdoou o amigo.

A segunda tentativa foi dividir dois grupos de acordo com a qualidade daquilo que talvez mais afete o humor: a comida. Enquanto um grupo tem direito a comer do bom e do melhor, o outro amargará um cardápio baseado em fim de feira. Essa, sim, me parece uma estratégia que talvez dê resultado. Principalmente porque o grupo foi dividido de uma maneira em que os mais próximos formem panelinhas: de um lado, Thalita, Marcelo, Gyselle, Bianca e Felipe; de outro, Juliana, Alexandre, Fernando, Marcos e Thatiana.

Quanto aos romances, o único casal que se formou na casa desde a primeira semana foi Fernando e Natália. Mas pimenta não parece ser necessariamente a essência da dupla. Embora o casal já esteja em conflito por causa do estilo fogoso e sem pudores por parte de Natália em detrimento do comportamento mais sério de Fernando, a química parece ainda estar longe de pegar fogo... Enquanto isso, Alexandre parece estar mais próximo que conquistar Juliana. Já o marcos, parece que está longe de beijar a Thatiana...

Vamos aguardar e espiar o que acontecerá nos próximos capítulos...

Amizade, beleza e mais açucar


Fevereiro marcará o início da programação da Rede Globo
com duas grandes estréias em teledramaturgia





Já estão no ar as primeiras chamadas da minissérie “Queridos Amigos”. O próximo trabalho de Maria Adelaide Amaral na Globo é adaptada de um livro que a própria autorapublicou em 1992, chamado “Aos Meus Amigos”. A obra é dedicada a um amigo de Maria Adelaide desde os tempos de colégio e, mais tarde, companheiro de redação, mas falecido em 1991. Ele foi a inspiração para o personagem Léo, que na minissérie será vivido por Dan Stulbach.

Os filmes, dirigidos equipe da diretora de núcleo Denise Saraceni, mostram os protagonistas da trama em momentos muito especiais. No primeiro, o grupo – formado pelos atores Dan Stulbach, Débora Bloch, Bruno Garcia, Denise Fraga, Drica Moraes, Guilherme Weber, Luiz Carlos Vasconcelos, Malu Galli, Joelson Medeiros e Matheus Nachtergaele - se diverte no réveillon de 1981 para 82. No segundo, vemos o casamento do personagem Léo. No terceiro e último, cenas da volta dos exilados políticos entre os quais se encontram alguns dos personagens da minissérie. Anos mais tarde, no início da trama, essa harmonia presente em todos esses momentos já não existirá da mesma forma.

A minissérie conta com um elenco estelar. Além dos atores que aparecem em cena nesse filme, temos Maria Luisa Mendonça, Tarcisio Filho, Aracy Balabanian, Fernanda Machado, Fernanda Montenegro, Juca de Oliveira e Nathalia Timberg, entre outros.

No ar também, já podemos conferir a primeira chamada de “Beleza Pura”, a nova novela das 19 horas, que irá substituir “Sete Pecados”. Escrita por Andrea Maltarolli, com supervisão de Silvio de Abreu e direção de Rogério Gomes, "Beleza Pura" pode ser definida como mais uma comédia romântica típica do horário. Edson Celulari e Regiane Alves serão o par romântico principal, que lutará contra as vilanias de Carolina Ferraz e Humberto Martins em meio a uma trama marcada pelo universo da beleza, da estética e do culto ao corpo.

O elenco terá nomes como Christiane Torloni, Reginaldo Faria, Guilherme Fontes, Helena Fernandes, Antonio Calloni, Marcelo Faria, Zezé Polessa, ErnaniMoraes, Rodrigo Veronese, Gustavo Leão, Ísis Valverde, Elaine Mickely e marca a estréia dos comediantes Bruno Mazzeo, Maria Clara Gueiros e Monica Martelli em novelas.

Tanto "Queridos Amigos" quanto "Beleza Pura" estréiam no dia 18 de fevereiro.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Expectativa frustrada

Oscar 2008 não terá representação brasileira entre os melhores filmes estrangeiros

O filme "O ano em que meus pais saíram de férias" não conseguiu uma das cinco vagas ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Os indicados foram anunciados na manhã desta terça-feira (22). Para o diretor do filme, Cao Hambúrguer, estar entre os nove filmes que disputaram as cinco vagas finais da Academia de Hollywood, já é motivo de comemoração. Quem sabe em 2009 nosso o verde-e-amarelo segue para o tapete vermelho novamente com a indicação de "Tropa de Elite"?

Em anos anteriores, o Brasil também esperava concorrer na categoria estrangeira do Oscar. Em 2006, as fichas foram apostadas no longa “2 Filhos de Francisco”, de Breno Silveira e, no ano anterior, a aposta foi “Olga”, de Jayme Monjardim. Nenhum deles sequer foi cotado. A última vez que o Brasil concorreu ao Melhor Filme Estrangeiro foi em 1999, com “Central do Brasil”. O filme esteve presente em duas categorias: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, com Fernanda Montenegro. A década de 90, aliás, é histórica para o cinema brasileiro no Oscar, com a participação de três filmes. Antes de “Central do Brasil”, passaram pelo tapete vermelho as equipes de “O Que É Isso Companheiro?”, de Bruno Barreto, em 98, e “O Quatrilho”, de Fábio Barreto, em 1996. Isso depois de 33 longos anos de espera desde a primeira indicação brasileira ao Oscar: “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte, em 1963.

Em 2004, o longa “Cidade de Deus” – que foi preterido no ano anterior na categoria Melhor Filme Estrangeiro -, recebeu quatro indicações: Melhor Diretor, Melhor Fotografia, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. Em 1986, O Beijo da Mulher Aranha, de Hector Babenco, também conseguiu quatro indicações, e levou a estatueta de melhor ator para William Hurt.

Obituário

O Brasil perdeu mais um talento. Morreu na manhã desta segunda-feira, em Niterói, o ator Luiz Carlos Tourinho. Aos 42 anos, ele tinha um aneurisma cerebral.

Tourinho estava no ar como o Nezinho da novela "Desejo Proibido". Ele também atuou em "Sob Nova Direção", "Kubanakan", "Sai de Baixo", "Suave Veneno" e "Caça Talentos". No cinema, fez, entre outros, "For all - O Trampolim para a vitória", "Tainá, uma aventura na Amazônia" e "Era uma vez".

"Na verdade eu sou muito tímido e calado. Prefiro ficar quieto no meu canto, observando bem antes de entrar numa roda. Às vezes passo por antipático, mas depois de me conhecer de verdade esse pré-conceito logo se desfaz. Procurei o teatro para me soltar, para perder a minha timidez. No princípio eu queria me descobrir, năo queria me expor."

Luiz Carlos Tourinho (1964-2008)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A glória dos anos de chumbo


O filme relata as violações cometidas pela ditadura militar no Brasil
da década de 1970 através dos olhos de um menino de 12 anos


"O ano em que meus pais saíram de férias" concorre a uma das cinco vagas para
disputar o Oscar de melhor filme estrangeiro
O mundo conhecerá nesta semana os cinco indicados à categoria de Melhor Filme Estrangeiro na cerimônia do Oscar, que ocorre em 24 de fevereiro. A produção brasileira "O ano em que meus pais saíram de férias", de Cao Hamburguer, disputa com mais oito longas-metragens para figurar entre os finalistas. Em Hollywood, o filme agradou: os nove concorrentes passaram por uma forte triagem entre 63 produções em língua estrangeira.


Em fevereiro do ano passado, "O ano em que meus pais saíram de férias" foi exibido com aplausos no Festival de Cinema de Berlim. Trata-se da história de uma criança cujos pais estão sendo perseguidos pelo regime militar e dizem que vão tirar férias. Tendo como pano de fundo o tricampeonato da seleção brasileira de futebol na Copa de 1970, o filme destaca a atuação de Paulo Autran em participação mais que especial. Mais a grande estrela do longa é mesmo o garoto Michel Joelsas, que rouba toda a cena.


"O ano em que meus pais saíram de férias" foi escolhido em setembro do ano passado para representar o Brasil e derrotou o favoritismo de "Tropa de elite", que ainda não havia entrado nacionalmente em circuito. A última vez que o Brasil foi representado no Oscar aconteceu em 1999, com "Central do Brasil", de Walter Salles - ocasião em que Fernanda Montenegro concorreu à estatueta de melhor atriz em pé de igualdade com outras quatro atrizes de peso em Hollywood. Na ocasião, o vencedor da categoria foi o italiano "A Vida é Bela". Dirigido e protagonizado por Roberto Benigni, o filme conta a sensível história de um homem que faz de tudo para que o filho não tome conhecimento da Segunda Guerra Mundial. Coincidência ou não, tanto o italiano que ganhou o Oscar em 1999 como o brasileiro que entra na disputa este ano trazem uma temática semelhante: a guerra vista através dos olhos de uma inocente criança.

PERSONAGEM


O ator Selton Mello é conhecido por sua atuação em televisão e cinema. Na TV Globo, teve papel de destaque na minissérie "Os Maias" e protagonizou as séries "Os Aspones" e "O Sistema". Em telenovelas, participou de poucas - como "Tropicaliente", "A Indomada" e "Força de um Desejo" -, abrindo mão de trabalhos longos para se dedicar a atividades paralelas, como apresentar o programa "Tarja Preta", no Canal Brasil, em que entrevista profissionais do cinema e de cultura em geral. Por isso, abriu mão de um papel escrito especialmente para ele: o Olavo, de "Paraíso Tropical". Atualmente em destaque nas telonas como o personagem-título de "Meu Nome Não é Johnny", o mineiro atuou em filmes como "O Que É Isso, Companheiro?", "O Auto da Compadecida", "Lavoura Arcaica", "Lisbela e o Prisioneiro" e o recente "O Cheiro do Ralo". Neste ano, ele embarca em carreira internacional, dando vida nas telas ao brasileiro Jean Charles de Menezes, morto por policiais britânicos em Londres no ano de 2005.

"Queria fazer televisão, era fanático por aquilo. Queria cantar no programa do Bolinha e ser calouro infantil do Bozo. Enchi o saco até minha mãe me levar"
Selton Mello,
ator e apresentador

RADAR DF

MÚSICA
Projeto Férias com Arte agita galera das satélites

Levar cultura e diversão além do Plano Piloto. É esse o principal objetivo do projeto Férias com Arte que chega com todo vapor a oito cidades-satélites do DF.
No último fim de semana, o cantor Chico César deu o ar da graça em São Sebastião e Samambaia, encantando a todos com os sucessos À Primeira Vista, Mama África, Mandela e Respeitem Meus Cabelos Brancos, sucessos que marcaram sua carreira.

O projeto teve início no último dia 12 com a apresentação do renomado Arnaldo Antunes em Taguatinga e no Riacho Fundo. O público cantou e vibrou ao som de músicas como Não vou me adaptar, As coisas e Perdidos.

"A comunidade das satélites há muito tempo esperava por um projeto como esse. Já está na hora dos produtores culturais começarem a valorizar o DF que vai além do Plano Piloto", diz o professor e cantor Edson de Oliveira, morador de Taguatinga.

Nesta semana, Sobradinho, Gama e Ceilândia são as últimas cidades que recebem os artistas do projeto, respectivamente nos dias 25, 26 e 27 de janeiro. Grupos locais também mostrarão muita cultura popular, como os grupos Casa de Farinha, Oficina Blues, Ha-Ono-Beko, o mímico Miquéias Paz, entre outros. As apresentações são gratuitas. Informações:3340-0398
TEATRO
Dose dupla: Teatro Goldoni agrada crianças e adultos

Dois espetáculos genuinamente brasilienses estão na pauta do Teatro Goldoni (Casa D´Itália) - localizado no Eixinho L na EQS 208/209 Sul. Ambos têm direção de Alexandre Ribondi e, no elenco, Sérgio Sartório.

Na matinê, você pode conferir a peça "Dicionário de Machado", baseada em contos de Machado de Assis em adaptação infanto-juvenil. A peça fica em cartaz até o dia 10 de fevereiro, aos sábados (às 17h) e domingos (às 11h e às 17h).

Para os adultos, o espetáculo da vez é a peça "Virilhas", que trata da relação homossexual entre dois rapazes dentro de um apartamento. Para conferir, este é o último fim de semana: às 21h, na sexta e no sábado, e às 20h, no domingo. Informações: 3244-3333

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Duas Caras: várias novelas


A novela das nove da Rede Globo apresenta uma trama repleta
de personagens dúbios e com igualdade de importância


Essa é a história do salafrário que seduz uma jovem rica e ingênua que perde os pais num acidente, casa-se com ela, rouba sua fortuna, faz cirurgia plástica, cria uma nova identidade e transforma-se em um poderoso e implacável empresário. Não. Na verdade, é a história de um ex-chefe de segurança que reúne um grupo, invade um terreno e cria uma favela, da qual se torna o grande líder que, ao mesmo tempo em que explora os moradores, também os defende com unhas e dentes. Mas também é a história da mulher mal-casada que vive um romance com um homem também casado e, após sua morte, decide retomar os estudos, faz vestibular e ingressa com louvor na universidade cuja proprietária é justamente a viúva de seu amante.

Assim é “Duas Caras”. Ao mesmo tempo em que carrega ingredientes típicos de um legítimo folhetim - como a sinhá-moça da Barra que se apaixona pelo negro-gato da favela da Portelinha -, a atual novela do horário nobre da Rede Globo se mostra um novelo dos mais confusos. Com um elenco estelar - incluindo Antônio Fagundes, Renata Sorrah, Suzana Vieira, José Wilker, Marília Pêra e Dalton Vigh -, a história não deixa claro quem são, de fato, nem os mocinhos e nem os vilões da trama. “Não agüentava mais seguir o roteiro tradicional do folhetim que consiste em: mocinho, mocinha, vilão criando problemas pra impedir a realização dos dois, e toda uma comparsaria dividida entre uns e o outro. Mudei o foco, resolvi fazer como é na vida, e assim dar a cada personagem a sua vez”, explica o autor, Aguinaldo Silva.

As tramas repletas de personagens principais não são novidade. Manoel Carlos já havia utilizado o mesmo recurso em “Páginas da Vida”, por exemplo. Entretanto, “Duas Caras” sucede “Paraíso Tropical”, uma novela cheia de clichês folhetinescos, que são a marca registrada do autor Gilberto Braga, que tem por hábito criar mocinhos bons e vilões maus. Aguinaldo Silva talvez não admita, mas sabe que essa é a receita de sucesso de uma novela. A sua Nazaré Tedesco, de “Senhora do Destino”, por exemplo, está na galeria das melhores vilãs de novela. O fato é que, de uns capítulos para cá, a novela tem tomado novos rumos. Pelo menos a gente já sabe de uma coisa: o vilão da trama é mesmo o personagem do Dalton Vigh.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

O último romântico




O filme "O Amor nos Tempos de Cólera", adaptação do romance de
Garcia Marquez, narra uma história de amor que atravessa o tempo


Quanto tempo você esperaria por um grande amor? Essa é a pergunta principal de "O Amor nos Tempos do Cólera", romance de Gabriel Garcia Marquez que conta a trajetória de um homem que se apaixona perdidamente por uma mulher e passa a acompanhar sua vida, sonhando com o momento em que ficarão juntos. A história foi adaptada pelo cineasta inglês Mike Newell e está em cartaz nos principais cinemas da cidade desde a última semana de 2007.


"O Amor nos Tempos do Cólera" é uma história de amor como não se vê há muito tempo no cinema. O espanhol Javier Bardem empresta uma interpretação comovente e, ao mesmo tempo, divertida como o homem que atravessa décadas amando uma única mulher, mesmo ela estando casada com outro homem - o que não o impede de se envolver com outras mulheres, contabilizando-as em um caderninho de anotações.


A versão cinematográfica da história conta com um elenco essencialmente latino, no qual se destaca a presença de Fernanda Montenegro. Presente na cidade para lançamento do filme no IX Festival Internacional de Cinema de Brasília, no fim do ano passado, a atriz classificou como mínima sua aparição no filme, mas, na verdade, sua participação é mais do que especial como a amorosa mãe do protagonista.


Além de Fernandona - que interpreta em inglês sua personagem -, outros seis brasileiros fazem parte da equipe do filme, incluindo o músico Antonio Pinto, de "Central do Brasil". Na trilha sonora, a cantora colombiana Shakira interpreta algumas canções, como "Penso en Ti" e "Despedida". Esta última, composta especialmente para o filme, concorre como Melhor Canção Original no Globo de Ouro 2008, cuja cerimônia de premiação será realizada no próximo dia 13.

Pode espiar à vontade...




É dada a largada para o Big Brother Brasil 8. Os 14 participantes da vez

já foram escolhidos e entram na disputa por R$ 1 milhão


Desde o início do processo de seleção, em setembro, a produção do Big Brother Brasil analisou cerca de 45 mil inscrições enviadas por correio. Pela primeira vez, foi criado paralelamente um site em que os candidatos criaram perfis, por meio dos quais interagiam entre si e com a produção do programa, que respondia a perguntas dos aproximadamente 160 mil candidatos. Desse total, 150 pessoas foram selecionadas para uma entrevista, a partir da qual a produção chegou aos 14 participantes da vez.


O Big Brother Brasil 8 terá a terceira participante de Brasília. Depois das duas Julianas que estiveram na quarta e na sétima edição, é a vez da professora de inglês Thatiana, 21 anos, representar a capital federal na briga pelo R$ 1 milhão. O BBB8 contará, ainda, com cinco paulistas, três cariocas e um representante de cada um dos seguintes estados: Piauí, Goiás, Espírito Santo, Paraíba e Rio Grande do Sul. A maioria é composta por legítimos anônimos, mas alguns nomes já são figuras conhecidas. É o caso da carioca Thalita Lippi, 29 anos, que, além de ser filha da atriz Nadia Lippi, foi uma das candidatas mais polêmicas do site criado pela produção do programa. Fama também não é nenhuma novidade para a modelo Jaqueline Khuri, 23 anos, que foi eleita, em 2007, uma das 100 mulheres mais sexy do mundo pela revista VIP, desbancando celebridades como Jennifer Aniston, por exemplo.


Outra que certamente já foi abordada nas ruas é a gaúcha Natália, 22 anos, que, na quarta edição do programa, enfrentou um paredão logo na estréia: por meio de voto popular, disputou com a frentista Solange - e perdeu - o direito de ingressar na casa. Por outro lado, assim como Natália, quem terá que esperar pelo menos mais um ano para entrar no programa é o professor de educação física Gustavo. Escalado para integrar o cast de 2008, o goiano teve de ser trocado por outro candidato. O motivo? Exames médicos comprovaram que o rapaz tem rubeóla, doença considerada contagiosa. Assim, no seu lugar, entra o administrador de empresas paulista Gregor.


Os participantes desta edição do BBB têm entre 20 e 34 anos. São eles: os estudantes Luiz Felipe, Gyselle, Rafael e Marcos, a jornalista Juliana, a produtora de moda Bianca, o modelo Alexandre, o gerente de contas Fernando e o psiquiatra Marcelo. Resta saber agora qual deles será o vilão, o mocinho, o par romântico e, finalmente, o grande vencedor desta edição.

Paraísos Opostos

Paraíso Tropical, da Globo, e Vidas Opostas, da Record, foram os grandes destaques da telinha em 2007, imortalizando personagens como Bebel e Jacson (foto)






Das belezas naturais de Copacabana à miséria e à criminalidade do Morro do Torto. As novelas Paraíso Tropical, da Rede Globo, e Vidas Opostas, da Rede Record, foram escolhidas as melhores do ano, dividindo as opiniões em uma pesquisa realizada por especialistas em teledramaturgia para apontar os destaques de 2007 nas principais emissoras brasileiras. As tramas das duas maiores emissoras do momento empataram nos quesitos Melhor Novela e Melhor Final. Entretanto, no balanço geral, a novela de Gilberto Braga e Ricardo Linhares levou a melhor sobre a trama de Marcílio Moraes.



De Paraíso Tropical, saíram os Melhores Autores, o Melhor Casal, os Melhores Vilões, a Melhor Mocinha e as Revelações do ano. Na galeria do mal, Olavo (Wagner Moura) e Taís (Alessandra Negrini) despontaram como os melhores. Embora tenha sido concebida originalmente como uma vilã, a prostituta Bebel (Camila Pitanga) foi se humanizando aos poucos e foi elevada à "catiguria" de mocinha, ganhando da gêmea boa Paula (Alessandra Negrini) a disputa pelo título. Aliás, o par romântico Paula e Daniel (Fábio Assunção) não convenceu muito, ficando quase apagado diante do sucesso estrondoso de Bebel e Olavo. Conseqüentemente, o título de Melhor Mocinho deixou o galã Daniel e foi parar nas mãos do romântico Miguel (Léo Rosa), de Vidas Opostas.



De Copacabana também saíram as revelações do ano: Rodrigo Veronese, Patrícia Werneck e Gustavo Leão. Mas Vidas Opostas deixa a sua marca na história da teledramaturgia. A comunidade do Morro do Torto recebeu uma menção honrosa como Melhor Núcleo, mostrando uma favela de maneira real. Além do mais, o líder dos criminosos do Torto, Jacson, não pode passar desapercebido. A interpretação de Heitor Martinez foi memorável do início ao fim, com desfecho apoteótico e digno de aplausos.

Intimidade, pandeiro e violão



Ana Carolina levou o público brasiliense ao delírio
em show que abusou da intimidade


A pop star Madonna não esteve na capital federal, mas a sua referência estava lá, bem clara na apresentação da artista Ana Carolina em Brasília, no último fim de semana. Logo no início do show, no Ginásio Nilson Nelson, a cantora e compositora mineira fez uma perfomance da música Fever - gravada pela material girl no seu cd Erótica - antes de levar os fãs à loucura com a interpretação da música Eu comi a Madona, de sua autoria. Para ilustrar bem a referência, de cenas de sadomasoquismo feminino foram exibidas em telão – recurso, aliás, muito utilizado pela diretora Monique Gardenberg, que insere imagens audiovisuais em seus espetáculos.


O show foi marcado pela intimidade. Os cinqüenta minutos de atraso para o início geraram reclamações e vaias do público, mas, quando Ana Carolina surgiu no palco, às 23h50, a euforia foi total. Quando a cantora tentou saudar seu público, aplausos, assovios, gritos e até gemidos impediram-na de falar. Os fãs demonstraram a admiração pela artista em todos os momentos. Pétalas de rosas foram jogadas ao palco no momento em que ela interpretou a música Rosas, um dos sucessos de seu último álbum, "Dois Quartos".


Nada te faltará, Tolerância, Carvão, Ruas de Outono, O Cristo de Madeira, Aqui e Chevette são algumas das músicas do novo trabalho de Ana Carolina que fizeram parte do show. Antigos sucessos também foram relembrados durante os cerca de 90 minutos de espetáculo: músicas como Garganta, Quem de nós dois, Pra rua me levar, Elevador e até É isso aí, com direito a Ana Carolina no piano. E o pandeiro, marca registrada da artista, é claro, esteve lá, nos pseudo-sambas Cabide, gravado por Mart´nália, e 1.100.